Uma das pescarias de barco.
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Uma das pescarias de barco.
Madrugada de calmaria!
Uma leve fresquidão, vinda do lado do mar, sabia bem para despertar e revitalizar.
O mar estava lindo e as cores eram apelativas.
Ma marina da Nazaré o movimento era grande apesar do sol mal ter nascido.
Iamos fazer uma pescaria de barco. Apenas eu o meu vizinho!
Os conselhos eram mais que muitos.
– Está a dar uns peixes no “Cerro”
- Eu, esta semana fiz uma boa pescaria para sul!
- Não! Está bom é lá para fora no “Almaraz”
Nem vale a pena dar ouvidos a ninguém porque a ideia já se traz de casa sobre o rumo a levar e dificilmente será alterado por influências.
É que na pesca, tal como na caça, acreditar em tudo o que se ouve, deve ser como a “presunção e água benta...”
Saímos e tomámos o rumo que tinhamos previamente idealizado. O mar estava calmo, mesmo muito calmo e a navegação fazia-se muito bem. Era aquilo a que na gíria se diz ser “um mar de senhoras”.
Trinta e poucos minutos depois estávamos sobre o pesqueiro e o GPS começou a apitar. Procurar o aproamento e fundear o barco é coisa que deve ser feita com calma e algum conhecimento do estado do mar. Mas nesse dia tudo parecia “chão”. O pior seria manter o barco sobre o local eleito, mas uma ligeira brisa faria o trabalho necessário.
Então, deu-se início à faina. Um de cada lado da embarcação, canas montadas, anzois iscados e ... o peixe estava mesmo naquele fundo.
Não eram peixes grandes, mas tinham o tamanho ideal para a grelha.
Sargos, choupas e carapaus grandes iam compondo o fundo da caixa. Alternadamente lá vinha uma ou outra faneca e algumas garoupinhas da pedra que iam directas ao balde da 2ª escolha.
Uma hora e meia depois ”a picada” começou a falhar e resolvemos corrigir a “poitada”. Bastou dar mais umas braçadas de cabo e ficámos sobre outro cabeço de pedra.
Vieram logo cinco besugos daqueles que regalam o olho, o nosso olho, tal era a qualidade, tamanho e beleza daqula especialidade piscícola.
A pescaria estava a compor-se muito bem e estava na hora de ligar para casa, e passar à preparação da segunda parte da pescaria.
- Olá, bom dia. Fala aí com a vizinha e preparem as coisa para jantarmos juntos. Temos besugos para grelhar, e vocês combinem em qual das casas vai ser. Podem convidar quem quiserem. Arranjem as saladas o pão e não se esqueçam de colocar o branco a refrescar.
Para nós a hora do almoço estava a chegar e aquilo é uma hora sagrada. O peixe que espere!
Montou-se a mesa em cima das malas térmicas e as canas ficaram a pescar “em automático”.
Um bacalhau albardado, umas febras panadas, um chourição de porco preto e um queijo da Beira baixa, foram o argumento para mandar abaixo uma garrfa de tinto alentejano.
Conversa e mais conversa e as canas a bater com peixe ferrado, nem nos faziam acelerar a pulsação. O almoço no mar, quando ele está calminho é para ser apreciado com todo o tempo do mundo.
Um pêssego para cada um e passámos aos cafés com um “cheirinho”.
Depos de tudo arrumado, fomos então acudir às canas. A minha estava presa e partiu, apesar de ainda vir um sago no anzol de cima. O meu colega recuperou tudo e apanhou uma choupa e duas faneca.
Ainda por lá ficámos mais meia hora, mas o peixe falhou. Mudámos de sítio e fomos para uma pedra na rota de regresso ao porto de abrigo.
Apesar do sol estar a pique ainda deu mais uns peixes.
Eram três horas da tarde quando demos a pescaria por terminada.
Já na marina arrumámos e lavámos o barco e depois regressámos a casa.
Parámos em casa do meu vizinho e fizemos a divisão do peixe:
Seis besugos para o jantar , já que havia mais um casal que as mulheres fizeram questão de convidar. O restante peixe, 28 sargos, 15 choupas, 11 carapaus grandes e 18 carapaus pequenos para fritar, mais 2 besugos 1 pargo de +/- 1 Kg, foram divididos por nós dois. Ainda sobrou um balde de fanecas, garoupinhas e cavalas que foi para oferecer a um casl de idosos nosso vizinhos.
Já em casa, um banho reconfortante e um filme pouco interessante na TV levaram-me a fechar os olhos até que a minha mulher me chamou:
- Vai fazer as brazas. Eles devem esta aí a chegar.
Foi mais um daqueles jantares que dão um gozo enorme pelo convívio com sabor a mar e pela conversa que há no fundo daquilo tudo.
E foi assim que passei mais um sábado daqueles que tanto prazer me dá e que quero aqui deixar descrito, pelo tanto que gosto disto.
Uma leve fresquidão, vinda do lado do mar, sabia bem para despertar e revitalizar.
O mar estava lindo e as cores eram apelativas.
Ma marina da Nazaré o movimento era grande apesar do sol mal ter nascido.
Iamos fazer uma pescaria de barco. Apenas eu o meu vizinho!
Os conselhos eram mais que muitos.
– Está a dar uns peixes no “Cerro”
- Eu, esta semana fiz uma boa pescaria para sul!
- Não! Está bom é lá para fora no “Almaraz”
Nem vale a pena dar ouvidos a ninguém porque a ideia já se traz de casa sobre o rumo a levar e dificilmente será alterado por influências.
É que na pesca, tal como na caça, acreditar em tudo o que se ouve, deve ser como a “presunção e água benta...”
Saímos e tomámos o rumo que tinhamos previamente idealizado. O mar estava calmo, mesmo muito calmo e a navegação fazia-se muito bem. Era aquilo a que na gíria se diz ser “um mar de senhoras”.
Trinta e poucos minutos depois estávamos sobre o pesqueiro e o GPS começou a apitar. Procurar o aproamento e fundear o barco é coisa que deve ser feita com calma e algum conhecimento do estado do mar. Mas nesse dia tudo parecia “chão”. O pior seria manter o barco sobre o local eleito, mas uma ligeira brisa faria o trabalho necessário.
Então, deu-se início à faina. Um de cada lado da embarcação, canas montadas, anzois iscados e ... o peixe estava mesmo naquele fundo.
Não eram peixes grandes, mas tinham o tamanho ideal para a grelha.
Sargos, choupas e carapaus grandes iam compondo o fundo da caixa. Alternadamente lá vinha uma ou outra faneca e algumas garoupinhas da pedra que iam directas ao balde da 2ª escolha.
Uma hora e meia depois ”a picada” começou a falhar e resolvemos corrigir a “poitada”. Bastou dar mais umas braçadas de cabo e ficámos sobre outro cabeço de pedra.
Vieram logo cinco besugos daqueles que regalam o olho, o nosso olho, tal era a qualidade, tamanho e beleza daqula especialidade piscícola.
A pescaria estava a compor-se muito bem e estava na hora de ligar para casa, e passar à preparação da segunda parte da pescaria.
- Olá, bom dia. Fala aí com a vizinha e preparem as coisa para jantarmos juntos. Temos besugos para grelhar, e vocês combinem em qual das casas vai ser. Podem convidar quem quiserem. Arranjem as saladas o pão e não se esqueçam de colocar o branco a refrescar.
Para nós a hora do almoço estava a chegar e aquilo é uma hora sagrada. O peixe que espere!
Montou-se a mesa em cima das malas térmicas e as canas ficaram a pescar “em automático”.
Um bacalhau albardado, umas febras panadas, um chourição de porco preto e um queijo da Beira baixa, foram o argumento para mandar abaixo uma garrfa de tinto alentejano.
Conversa e mais conversa e as canas a bater com peixe ferrado, nem nos faziam acelerar a pulsação. O almoço no mar, quando ele está calminho é para ser apreciado com todo o tempo do mundo.
Um pêssego para cada um e passámos aos cafés com um “cheirinho”.
Depos de tudo arrumado, fomos então acudir às canas. A minha estava presa e partiu, apesar de ainda vir um sago no anzol de cima. O meu colega recuperou tudo e apanhou uma choupa e duas faneca.
Ainda por lá ficámos mais meia hora, mas o peixe falhou. Mudámos de sítio e fomos para uma pedra na rota de regresso ao porto de abrigo.
Apesar do sol estar a pique ainda deu mais uns peixes.
Eram três horas da tarde quando demos a pescaria por terminada.
Já na marina arrumámos e lavámos o barco e depois regressámos a casa.
Parámos em casa do meu vizinho e fizemos a divisão do peixe:
Seis besugos para o jantar , já que havia mais um casal que as mulheres fizeram questão de convidar. O restante peixe, 28 sargos, 15 choupas, 11 carapaus grandes e 18 carapaus pequenos para fritar, mais 2 besugos 1 pargo de +/- 1 Kg, foram divididos por nós dois. Ainda sobrou um balde de fanecas, garoupinhas e cavalas que foi para oferecer a um casl de idosos nosso vizinhos.
Já em casa, um banho reconfortante e um filme pouco interessante na TV levaram-me a fechar os olhos até que a minha mulher me chamou:
- Vai fazer as brazas. Eles devem esta aí a chegar.
Foi mais um daqueles jantares que dão um gozo enorme pelo convívio com sabor a mar e pela conversa que há no fundo daquilo tudo.
E foi assim que passei mais um sábado daqueles que tanto prazer me dá e que quero aqui deixar descrito, pelo tanto que gosto disto.
Antero Braz da Silva- iniciado
- Mensagens : 216
Data de nascimento : 19/02/1954
Data de inscrição : 13/07/2013
Idade : 70 Localização : Martingança
Emprego/lazer : Industria de plásticos
Humor : Normalmente em alta
Re: Uma das pescarias de barco.
muitos parabens amigo braz que saudades que eu tenho de uma pescaria dessas
Re: Uma das pescarias de barco.
Que belo dia amigo que aja saúde para passar muitos assim com os amigos que mais gosta
Pedro5- Moderador
- Mensagens : 811
Data de nascimento : 23/07/1994
Data de inscrição : 09/03/2014
Idade : 29 Localização : Casais
Emprego/lazer : Estudante
Humor : Muito bom
Re: Uma das pescarias de barco.
bem bom amigo Antero deu para descontrair
joão paulo- colaborador
- Mensagens : 2407
Data de nascimento : 23/06/1970
Data de inscrição : 14/11/2013
Idade : 53 Localização : massamá
Emprego/lazer : caça & pesca
Humor : Muito bom
Re: Uma das pescarias de barco.
Muito bom amigo Antero são momentos como este que não nos deixam largar o vicio
jorgemeida- Juvenil
- Mensagens : 694
Data de nascimento : 24/08/1965
Data de inscrição : 10/07/2013
Idade : 58 Localização : Lisboa
Emprego/lazer : Desempregado/pesca
Humor : assim assim
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