Lance de caça à Lebre

Grande lance de caça à lebre.

    Completamente distraido, quando deparei com aqueles olhos brilhantes, grandes e vivos. Aquela lebre olhava fixamente para mim.  Ela já me estava a observar, mas eu só me apercebi naquele momento.
    Veio logo aquela  vontade enorme de disparar, mas contive-me. Um bom caçador não deve disparar de qualquer maneira!
    Os cães, rafeiros quase todos, passavam nas emediações e nada!  Um ou outro apenas alterava o passo, mas não davam sinal.
    Era no mínimo estranho, porque as emanações eram sentidas intensamente por qualquer humano normal. Não tenho a menor dúvida que se tratava de aroma de alta qualidade originário das melhores casas francesas.

    Observei muito discretamente para não espantar a caça,  e aquela vontade de disparar começou a crescer. Tive calma, muita calma e dei toda a vantagem à peça.
    Esperei pacientemente que ela levantasse, e os cães desinteressaram-se completamente.  Eu tinha o lance controlado.
   
    Temi perdê-la!  O terreno estava acidentado, e momentaneamente pensei ter ficado desenquadrado.
    Ela conhecia  muito bem os trilhos e  tinha levantado para o lado que me era mais favorável.      
    Deixei-a esticar até que estabilizou. Não tive a mais pequena dúvida que aquela peça já não me escapava.
    A arma estava com a manutenção feita e não ia bater prego. Eu tinha essa certeza.
    Preparei o tiro! Sim, porque esta coisa de tiros de chofre não dão aquele prazer que o caçador tanto aprecia.    Foi muito bem apontada, dei os descontos que me pareceram apropiados e disparei no momento exacto.
    Foi um tiro pleno de emoção e repleto de prazer. Respirei fundo e baixei a arma. A lebre estava ferida de morte mas ainda mexia. Aquilo era vida que não mais acabava!
    Olhei-a  e recompuz-me, sem pressas.  Afinal ela já estava completamente dominada, mas olhava como quem pede para acabar com aquele sofrimento de quem está ferida,  mas altiva.  

    Preparei novo tiro. Apontei, deixe correr a mão e o dedo tocou lá no momento exacto. O tiro saiu!  
    Ainda mais emoção e um prazer indescritível. A lebre teve um final digno dum garande lance.

    Alí estva ela, esticada a meus pés e linda. O quadro era merecia uma foto, mas isso nunca se faz por causa da dignidade do acto e da ética de que tanto se fala, e de  que nós caçadores somos um exemplo.

Recordarei esse lance como um dos lances que mais emoção e prazer me deram.

  Um belo relato, dá gosto ler estas histórias

É POR ISSO QUE ESTOU SEMPRE Á ESPERA QUE O AMIGO BRAZ CHUTE OUTRA CÁ PARA FORA....

     

AQUI SE VÊ QUEM AMA A CAÇA E QUEM A VIVE....

   

Espero bem que tenham percebido que não era uma lebre qualquer!
 Era uma lebre que usava saia!

Li atentamente e depois de ter terminado,
   disse cá para os meus botões, há qualquer
   coisa não me soa bem, talvez o Braz da Silva,
   se recorde bem.
      Uma lebre esticada aos pés, só se já estiver
   morta, mas sinceramente, nunca levei para
   esse caso.

É verdade! E duria mais!
Exusta, gozada, transpirada, e...  não sei que mais!

lindo amigo braz na minha humilde opinião você devia escrever um livro, este belo texto merece algo mais que um simples elogio muitos parabéns e continue a nos presentear com os seus belos textos